O carinha que mora ali na esquina sempre faz um sinal singelo com a mão, ou apenas mexe a cabeça. Não importa aonde eu esteja trabalhando, com quem eu esteja saindo, qual a banda que eu mais escuto no momento... É sempre assim, ele ta la para me receber não importa a lama na qual estejamos afundados.
Um dia agente acorda em um buraco diferente e percebe uma caralhada de novos planos para o futuro, novas coisas com que pensar e como pensar. Eu passo por ele transmutando o tempo todo, nem sei o nome do carinha, a história, mas é assim também.. E depois de cumprir esses novos objetivos, sair do buraco e escolher um novo, você começa tudo de novo e talvez suas mão vão lhe cumprimentando cada vez mais transmutadas e marcadas, mas quando lembrar delas sem aquela cicatriz irá lembrar como a conseguiu.
Algumas pessoas avaliam entre o fracasso e a vitória.-Eu avalio simplesmente o todo e concluo sempre: a vida, eu não estava morto então vivi e se continuo vivendo vou continuar... vivendo- São as passagens, daqui uns anos eu não vou fazer o sinal hanglose para o carinha da esquina mas sempre que eu lembrar do gurisão que morava na esquina de casa que eu cresci vai vir à minha cabeça várias épocas da minha adolescência: pessoas, todas elas uma por uma, as festas, as consequências... Tudo é amplo e perfeito à disposição e assegurar é a decisão certa.